Resenha: O doador de memórias, Lois Lowry

09:00



O livro “O Doador de Memórias” se passa em um futuro distópico muito diferente do que conhecemos hoje.  Todos levam uma vida pacata cheia de regras, e sem nenhuma emoção.
         A única coisa que eles têm como conhecido é o presente, uma vez que o passado foi apagado e é escondido de todos. Ninguém sabe como era a sociedade que existia antes da que vivem. Apenas uma pessoa tem todo esse conhecimento: O receptor de memórias. Ele é a única pessoa que guarda a memória do mundo. O objetivo dessa profissão, é que o Receptor proteja a sociedade dos males passados, mas que tenha sabedoria para ajudar os dirigentes da sociedade a tomarem decisões com base nos erros e acertos do passado.
         O ponto positivo desse mundo é que todos vivem em paz e sem nenhuma desigualdade, porém, ao decorrer do livro é mostrado que as pessoas tiveram que abrir mão de MUITA coisa para isso.

         Como seria possível não se adaptar? A comunidade era tão meticulosamente organizada, as escolhas eram feitas com tanto cuidado!”

         No livro acompanhamos a história de Jonas. Aos 12 anos (que é quando os jovens recebem suas profissões) lhe é designado a tarefa de ser o novo Receptor de memórias. De cara lhe é dito que o treinamento será difícil e doloroso, e realmente é. Mas nada se compara a dor de tomar conhecimento de todo o mundo que fora roubado de todos.
         Assim como todo livro que é narrado sob a perspectiva de uma criança, esse livro apesar do tema, é tratado com certa leveza. Juntando isso, e a escrita maravilhosa da autora, o resultado é uma leitura muito fluida e rápida (eu li o livro em apenas um dia!!).
         Apesar de tudo isso, de certa forma é muito intenso termos contato com essa sociedade sem sentimento algum. Tanto é que quando Jonas começa a ter desejos sexuais pela primeira vez, lhe é dado uma pílula que a partir dali ele deveria tomar todos os dias para que esse sentimento fosse banido de sua vida, assim como todos os outros sentimentos que um dia existiram.
         Foi fácil me afeiçoar a Jonas, e ao seu mentor, o até então Receptor (que passa ser o Doador), eles são personagens fantásticos, que apenas um é capaz de entender o outro.
         O final foi maravilhoso e me preencheu com um sentimento de paz, pois ele se agarra a “delicadeza” que esteve presente durante todo o desenvolvimento do livro.
         Esse livro faz parte de uma série de quatro livros. Não sei ao certo o quanto esses livros são independentes entre si. Já me foi dito que no final, as histórias vão se entrelaçar, mesmo que aparentemente o segundo livro, por exemplo, não tenha nada a ver com a história de Jonas (segundo a sinopse). Até então só os dois primeiros livros foram lançados no Brasil.


         -Adriane

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4 comentários

  1. Eu adoro esse livro!! Li-o no ano passado e fiquei marcada por ele! Algo muito interessante é que, até o início dos anos 2000, ele era leitura obrigatória nas escolas norte-americanas. Muito legal, né! Quanto as continuações, elas são mesmo independentes e mostram outras organizações sociais fora da conhecida por Jonas. Bjss e parabéns pela resenha!

    Leitora Compulsiva
    http://olhoscastanhostambemtemoseufascinio.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Obrigada pela informação e pelo elogio Andrea ;*
      Esse livro me tocou muito pela sutileza dele!
      Beijos

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    2. Obrigada pela informação e pelo elogio Andrea ;*
      Esse livro me tocou muito pela sutileza dele!
      Beijos

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  2. Ooi! Nossa, a idade de Jonas no livro é muito pequena. Se eu ja me incomodo quando vejo jovens de 16, 18 anos imagina 12? Acho desnecessário botar criança em tudo UAHOIAHIA mas okay
    Ainda não li o livro, fiquei só com a adaptação mesmo que por sinal eu gosto muito.
    Beijos
    Sil - Estilhaçando Livros

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